USANDO O VIOLETA

Sedução, extravagância e originalidade

O roxo é uma cor especial. E se tem uma coisa que não podemos negar é sua singularidade e extravagância! Quem se veste com roxo não passa despercebido, só que ele faz isso de uma maneira não óbvia, ao contrário do vermelho, que “exige” ser notado.

A presença do roxo é percebida sim, mas de maneira misteriosa, dramática ou irreverente. Se você quer explorar sua sensualidade de modo criativo e astuto, pode optar pelos tons de roxo, principalmente os medianos, intensos e escuros. Ele possui uma carga de sensualidade considerada até maior que o vermelho, mas, por ser uma cor dual, gera mistério e maior complexidade, ou seja, não é óbvia.

Excelente para quem ainda tem certo bloqueio em usar o vermelho para isso. Aqui, tons de roxo amagentado darão o toque sedutor. E ele não precisa ser combinado ao preto, muito pelo contrário, é bom substitui-lo por verde floresta, marinho, marrom frio ou até vinho, fazendo uma combinação quase monocromática.

Quando falamos em extravagância, também abrangemos a originalidade. O violeta é considerado uma cor excessivamente ousada, inconformista e original. Se formos pensar, qualquer combinação com violeta produz efeitos expressivos, mesmo dentro da monocromia. O acorde considerado mais original e irreverente é o que une Violeta + Laranja, embora o Coringa, com seu terno beringela, cabelo verde e boca vermelha não fique para trás!

O Roxo e as Artes

A cor que também ficou ligada aos movimentos artísticos na virada do século XlX para XX.  O Roxo foi considerado a cor predileta do movimento Art Nouveau, iniciado na década de 1890, que ficou conhecida como “a década da malva”.  Nesse período, era possível encontrar com grande facilidade roupas, mobiliários, ornamentos, objetos e artes na cor Roxa. A natureza estilizada do movimento artístico também se apoiou na cor considerada a mais artificial de todas – o Violeta. Nesse período, diante da contínua ascensão industrial e avanços tecnológicos, o que era natural era considerado como não artístico e ultrapassado.

 

Usando o Violeta – os acordes

O uso do Violeta denuncia uma escolha intencional. Não é uma cor considerada básica, portanto, não vai ser a primeira escolha que vêm a mente, a menos que você faça dela seu “clássico pessoal”. Por isso, diz-se que quem veste o Violeta e seus diversos tons não quer passar sem deixar de ser percebido. Para não parecer estar fantasiado, portanto, é preciso que o tom combine com a pessoa. Quem for criativo, artístico e ousado tem mais chances de se dar bem na escolha.

Além disso, o roxo ressalta a harmonia de temperatura da pele. Quem tem um fundo de pele mais amarelado ou oliva terá essa característica ressaltada e aqui  #ficadica para você observar se tal evidência  a deixará com ares não muito saudáveis, de cansaço e abatimento. Em se tratando de harmonia física, tons de roxo geralmente cairão melhor à peles frias. É claro que haverão tons mais ou menos recomendados a cada tipo de pele, e essa é uma observação feita na análise de coloração pessoal.

Notas sobre os diferentes tons e “pesos” dos Roxos:

Roxos claros:  lilás, malva, lavanda – transmitem suavidade, leveza, delicadeza e aconchego. Descanso e reparo mental, excelente para que deseja descansar e transmitir uma imagem leve. 

Enquanto os tons de Lilases (Violeta + Branco) nos transmitem bem-estar e relaxamento, os tons de Roxo escuro (Violeta + Preto) produzem ares de poder, vaidade, mistério e fantasia.

Roxos intensos e profundos: tons vivos e aqueles a caminho dos mais escuros, mas que conservam intensidade de pigmento, podem transmitir poder, mistério e sedução, principalmente se usados em peças únicas ou coordenados com outras cores escuras.

Roxos escuros e desbotados: acentuam mistério, introspecção e seriedade. São fáceis de serem associados a figuras ou contextos fantasiosos.

O violeta cobalto (mais azulado que avermelhado): é considerado o roxo mais extravagante de todos.

Púrpura – esplendor, poder e glória terrenos e exclusividade. Também está associado aos mantos, coroas e mobílias reais e, também a determinadas figuras do Clero. Sua denominação quanto tom varia conforme a cultura/país. O Púrpura pode ser interpretado tanto como o violeta intenso (próximo ao índigo), quanto um Vermelho mais cereja, chamado às vezes de Vermelho-Púrpura, Escarlate ou Vermelho Carmim.

Acordes:

Elegância não convencional: Violeta + Prata + Dourado. Uma boa ideia para criar combinações sofisticadas e nada monótonas ou previsíveis, é substituir o preto pelo violeta.

Misticismo: Violeta + Chumbo + Verde. Mistério, sobrenatural, incomum, fascinante, sombrio. Relacionado ao universo místico, capaz de despertar a curiosidade, porém, de modo cauteloso.

Mistério e magia; Poder e magnetismo: Violeta + Preto. Carinhosamente conhecido por look bruxona poderosa! Use ciente do sobre o alto teor magnético, forte e sombrio que essa combinação pode causar. Quanto maior e peça preta, maior tal efeito. Este também pode ser quebrado com cinza.

Devoção: Branco + Violeta. O acréscimo de preto também é característico dessa combinação.

Feminismo: Violeta + Branco + Verde. Acorde associado ao feminismo no início do século 20, na Europa.

Sensualidade: Violeta + Vermelho. O teor sensual é potencializado quando adicionado o preto.

Vaidade: Violeta + Rosa. A mensagem é reforçada com a aplicação do dourado.

Extravagancia artificial: Violeta + Dourado + Prateado (Art Nouveau)

Originalidade e irreverência:  Violeta + Laranja. Se for acrescentar preto, preste atenção no percentual Halloween do look, para que ele não fique temático! Na verdade, a originalidade estará na forma com a qual você irá combinar uma peça roxa com as demais de outras cores (podem ser até neutras), misturando estilos, texturas e proporções diferentes.

E aí, quem topa começar a usar alguns detalhes de Roxo/Violeta nas composições? Quem aí já costuma usar? Quer uma ajudinha para dar um start? Que tal entender que tons mais combinam com sua coloração pessoal?

Andresa M Caparroz

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