Violeta, roxo, púrpura, lavanda, lilás… são todos roxos? São todos iguais?
Certamente, você não vai ver o roxo/violeta e suas variações entre as preferidas. Até porque as pessoas têm certa dificuldade em classificar a própria cor ou suas diversas nuances! Quem tem contato com as cores sabe que um tiquinho a mais de vermelho, magenta ou azul, muda completamente sua nomenclatura. Isso sem falar nas demais, como o branco, preto, cinza e o amarelo, que também podem compor o roxo de modo diferenciado.
Violeta, roxo e púrpura, são todos tons compostos por azul e vermelho amagentado, variando sempre a dosagem de um ou outro, para obter tonalidades mais frias (azuladas) ou quentes (avermelhadas). Sua composição o leva a adquirir a simbologia ambígua do azul + vermelho.
Em se tratando de pigmento, é importante testar as combinações de cores feitas com tintas, pois nem sempre chegamos, de fato, ao resultado teórico prometido. Se o vermelho ou o azul tiverem um bocado de amarelo, a combinação que era para ser roxa acabará saindo meio amarronzada. Por isso, vermelho amagentado é o mais indicado.
Aos lilases ou lavanda, acrescenta-se à composição do roxo o pigmento branco.
O verde é a cor oposta na simbologia psicológica, pois enquanto ele é considerado a cor da natureza, o roxo é o oposto, a cor da artificialidade, embora ela não se resuma a esse aspecto. Já na teoria das cores, essa oposição dependerá do tom de roxo. Os mais amagentdos e avermelhados ou fúccia tem como complementar os verdes quentes, enquanto que o violeta, mais azulado se opõe ao amarelo.
E aqui eu te pergunto, qual a sua impressão a respeito do violeta? E qual tom vem primeiro em sua mente?
As principais associações feitas ao roxo são de extravagância ou luxo, quando pensadas em roupas, calçados, acessórios e até decoração de ambientes, mas também ao misticismo quando linkadas de uma forma ainda mais subjetiva. Esta é a principal cor relacionada à magia, ao mistério, à elevação da consciência e à espiritualidade. Mas suas analogias não param por aqui. Vamos por partes!
Mistério, magia, misticismo. Uma cor cheia de significados.
O roxo evoca o que há de misterioso e místico na noite. Segundo Eva Heller, em seu livro A Psicologia das Cores, “o violeta marca a fronteira do visível com o invisível. Antes de cair à noite, o violeta é a última cor que antecede a escuridão total.” Mas, ao invés de um modo maligno, ele faz isso de um jeito fantasioso: nele, podemos visualizar desde florestas noturnas, tocadas pela luz do luar, que escondem seres fantásticos, até buscar a representação do universo e do mistério da vida.
O Roxo ou Violeta é a cor mais relacionada à fé, à magia e à superstição. É a cor que veste sacerdotes da igreja católica (até hoje), personagens de magos, bruxas, cartomantes e feiticeiras. Ao menos na minha época, as bruxas de desenho animado e filmes da sessão da tarde costumavam vestir roxo com preto, enquanto as fadas usavam tons pastéis, como o lilás. Suave, mas, ainda assim, da mesma família, certo?
Dos sonhos, pouco conseguimos reter. Mas quando a ambiência onírica é retratada, é de costume usar cinzas (para o efeito pouco nítido), além de azuis e lavandas (cores frias e distantes, inalcançáveis à nossa memória), além daquelas que nos são particularmente nostálgicas, quando os sonhos são repetidos.
Aqui, falamos sobre misticismo que envolve o Roxo. Mas siga acompanhando nossa série e descubra os muitos mistérios que essa cor tem a oferecer! Dos signos à vestimenta, você pode se surpreender com as possibilidades, e começar a aderir mais ao Roxo na hora de construir sua imagem pessoal!
Andresa M Caparroz