AZUL FEMININO X AZUL MASCULINO

O uso da cor azul na construção das identidades de gênero, por Andresa Caparroz

Imagem original: Ashley Mackenzie

 Você sabia que nem sempre o Azul foi considerado “cor de menino”? A prática de usar as cores para diferenciar gêneros nasceu, em termos históricos, há bem pouco tempo atrás. Na história da indumentária a diferenciação que interessava aos poderosos era a de classes, não a de gênero. Até 1900, as crianças não tinham roupas específicas para a sua idade.

Até os cinco anos, elas usavam um vestido branco com acessórios vermelhos, (sem distinção) e depois passavam a vestir “réplicas” da vestimenta adulta. E antes, ao tempo da Rainha Vitoria era possível ver meninos retratados nas pinturas vestindo rosa, sem que isso causasse questionamento quanto ao gênero ou a sexualidade.

A ideia de fazer a distinção dos gêneros através da cor é algo relativamente recente, e teve início por volta de 1920. Conforme relata Eva Heller no livro “A Psicologia das Cores”, a vestimenta das crianças, até então, não seguia a convenção do “rosa para as meninas e azul para os meninos”. Aliás, esta é contraditória à simbologia cromática expressa na Antiguidade.

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