Imagem: Andresa Caparroz
Nós vimos na parte 1 diversos motivos para nos libertarmos do constrangimento de repetir nossas amadas peças de roupa.
Confira agora 13 DICAS de como fazer isso de forma prática:
1. Conheça o potencial e a funcionalidade das suas peças:
Você conseguirá fazer isso testando! Se coloque na frente do espelho e conheça as suas roupas. Vista-as e experimente combinações que você não ousaria fazer antes. Teste peças mais formais com outras descontraídas, aproveitando para desconstruir os padrões.
Descubra se as suas roupas têm outras funções (se podem ser usadas de maneiras diferentes, se atendem outras regiões do corpo), ex.:
► lenços grandes usados como blusa;
► camisa aberta usada como um casaquinho (uma terceira peça);
► casaco meia estação com mangas dobradas, que servem como blusas mesmo em temperaturas mais altas (observe se o tecido não esquenta demais).
2. Crie um banco de referências:
Se você tiver inseguro ou sem muitas ideias, crie um banco de referências. Busque por aquelas que demonstrem formas de uso de peças que você já possui no armário (isso ajuda a você não desviar do foco e pensar que precisa comprar outras roupas). Foque nas atividades do seu dia a dia que você mais pratica e isso filtrará as imagens. Aplique as inspirações fazendo as adaptações que conseguir com o que você tem.
3. Dê uma sacudida em seu guarda-roupa:
► traga para a parte mais acessível do armário aquelas peças que estão escondidas no fundo (ou que ficam debaixo das pilhas), pois isso te ajudará a notar outras quando tiver que se vestir. E assim você consegue variar mais!
► evite pendurar mais de uma roupa no cabide! As peças sobrepostas ficam escondidas e dificilmente a gente se lembra delas (e quando nos lembramos, não conseguimos achar no meio da correria).
4. Sobreposições, acessórios e calçados:
Esses elementos alteram de maneira significativa o nosso visual. Ao exercitar a coordenação, você irá descobrir que a mesma roupa toma uma intenção totalmente diferente, dependendo do sapato (mais jovem, formal, clássico). Que um look básico e super batido pode ficar mais criativo ou elegante com um acessório, bolsa ou com um casaco!
5. Crie outros pontos de atenção:
Essa dica funciona muito também quando a gente tem receio de repetir peças impactantes (cores, estampas ou modelagens diferentonas). Além das sobreposições, você pode direcionar as atenções para outras partes do corpo e, principalmente para o seu rosto, parte de maior expressão, ex.:
► armação de óculos;
► penteados, corte de cabelo, bigode!
► acessórios de cabeça (chapéu, tiaras, lenços);
► batom;
► brincos e outros elementos próximos ao rosto;
► crie também outros pontos de atenção com cores que conversem com a peça repetida, levando os olhares para outro lugar (pés, mãos, pescoço).
6. Afirmando sua identidade visual:
Repetir roupa é uma forma de construir sua identidade visual. É como um personagem da sua série favorita: o figurino está o tempo todo afirmando quem é aquele ser naquela história através do uso das mesmas peças (ou variando com pouco), para que o visual se torne vinculado àquela figura – praticamente uma marca registrada do personagem. Isso é o máximo, não é?!
Passamos por muitas fases em nossa vida então é natural que a nossa aparência marque o contexto delas. É aí que o vestir se torna mais autoral e relevante, porque a pessoa veste aquilo que ela gosta, que por sua vez contará um pouco sobre períodos e mudanças que ela viveu.
Essa afirmação visual pode ser desde muito singela, como uma correntinha de pescoço que você ganhou na sua infância ou uma cor de batom, a peças maiores como um casaco, calças ou vestidos em cores, modelos e estampas notáveis!
7. Roupas preferidas no presente:
Sabe aquela roupa que a gente ama tanto que tem até dó de usar? Não espere por datas especiais, a gente nunca sabe o dia de amanhã…!
Roupas, calçados e acessórios mais “arrumadinhos” (como aqueles que a gente usa só em comemorações) podem e devem ser explorados também em nosso dia a dia. Coordenando esse tipo de peça com outras casuais (conforme as suas necessidades), damos outra forma para o vestir. Ex.: A camisa separada só para o casamento dos amigos pode dar uma pinta no trabalho e no lazer.
8. Quando você “repete” roupa sem perceber:
Sabe quando você achou uma roupa que te vestiu bem e compra várias da mesma cor ou modelo ao mesmo tempo porque tem que “aproveitar a oportunidade”? Pois é, você está construindo aquele acervo da zona de conforto e da repetição. Quanto mais diferentes forem suas peças, menor o risco de você não variar suas escolhas.
Se você quiser descobrir quais cores valorizam sua fisionomia e personalidade, e como coordená-las, vem fazer a análise de coloração aqui comigo!
9. Roupa invisível:
Tenha em mente que PEÇAS NEUTRAS são mais fáceis de serem camufladas se comparadas a roupas coloridas, com estampas ou recortes marcantes. Mas nem por isso você precisa ter um guarda-roupa neutrão, principalmente se essa NÃO FOR A SUA PRAIA, caso contrário, sua personalidade poderá sofrer o efeito da invisibilidade. Aproveite para descobrir outras cores “mais coloridas” que interajam com seu tom de pele e com a sua personalidade!
10. Questão de estratégia:
Lembre-se de que repetir roupa faz parte da nossa estratégia de calcular CUSTO X BENEFÍCIO, afinal comprar algo para usar só 2 ou 3 vezes na vida não é nada inteligente, nem com o nosso dinheiro, nem com os recursos do nosso planeta.
11. Fotografe seus looks:
A gente acaba esquecendo na hora da pressa o que já vestiu de legal, então adquira o hábito de tirar fotos das coordenações que você gostar. Se você não tiver espaço no celular, imprima os looks e cole na porta do guarda-roupa!
12. Apps amigos:
Existem algumas opções de aplicativos de celular que ajudam a registrar nossos looks e que disponibilizam um calendário para marcarmos a data em que usamos tais peças. Dê uma fuçada!
13. Armário “cápsula” ou “minimalista”:
Super falado hoje em dia, esse conceito adotado no mundo inteiro sempre existiu até por uma questão de necessidade, mas agora vem como um conceito de consumo e de vida mais consciente e versátil.
Quais as suas vantagens?
► simplifica nossas escolhas diárias do vestir;
► promove autoconhecimento e autonomia na prática do vestir de nós mesmos!
As vantagens de um guarda-roupa “cápsula” ou “minimalista” são exatamente essas: você se veste melhor porque se conhece mais, compra menos e exercita mais a criatividade. E você compra menos porque percebe o que, de fato, é importante em sua vida, torna-se mais criterioso com o prazo de validade das roupas (tanto em termos de qualidade quanto de temporalidade estética) e conclui que não precisa de tanta roupa para viver bem.
Lembre-se de que o vestir deve ser feito para si mesmo. Que esse ato faz parte de toda uma lógica de vida a qual você diariamente escolhe viver.
É mais que opinião alheia ou máscaras de aparência, mas vivência daquilo que a gente acredita, diante de tantas mudanças pessoais.
Teste essas dicas! Eu garanto que elas funcionarão 😉
Se ainda assim você tiver com dificuldade, me chama que VOUUUUUU